Região sofre novo apagão que atinge também o Paraná


Técnicos da Copel trabalham no restabelecimento da energia/Cristiano Silva/Grupo Verde Vale de Comunicação

União da Vitória e Porto União chegaram a ficar dez horas sem energia elétrica entre domingo, 26, e segunda-feira, 27

Perto das 20 horas, as luzes se apagaram. Residências, prédios, escolas, praças, igrejas e ruas ficaram no escuro. A falta de energia elétrica atravessou a madrugada de domingo, 26, em União da Vitória e Porto União e só foi retomada poucos minutos antes das 6 horas de segunda-feira, 27. Ao todo, foram dez horas de total escuridão. O desabastecimento comprometeu 75 mil unidades consumidoras. As Cidades Irmãs foram os municípios mais afetados pela falta de energia.

A chuva, que chegou com intensidade – informações mostram 54 milímetros de chuva em duas horas – reduziu o aspecto visual e ampliou o rastro de danos. Várias ruas, em União da Vitória e Porto União, tiveram seus acessos prejudicados e algumas residências, pela força da água e dificuldade no escoamento, também foram afetados.

A Polícia Militar, nas duas cidades, reforçou suas equipes de segurança para garantir integridade aos imóveis. O Corpo de Bombeiros, também esteve nas ruas. No centro de União da Vitória, os militares precisaram retirar uma família que ficou presa em um elevador. A Defesa Civil também saiu às ruas na noite de domingo, 26, para monitorar os danos. Em Porto União, segundo o membro das atividades operacionais do órgão, Ruy Breyer, o trabalho começou logo após o início do apagão. “E em seguida tivemos a forte chuva, que ocasionou alagamentos em algumas ruas e rompimentos de tubulações. Na mesma hora, a equipe da Secretaria de Obras já estava trabalhando para solucionar esses problemas”, explicou. Conforme Ruy, não houve problemas graves e no interior, nenhuma ocorrência foi registrada.

Em União da Vitória, não houve a emissão de nota oficial por parte da prefeitura. No município não houve registro de grandes danos. No entanto, assim como em Porto União e em áreas parciais dos municípios vizinhos, até o final da tarde de segunda-feira, 27, o abastecimento de energia ainda estava frágil, bem como o suprimento de água. Em vários bairros, as torneiras permaneceram secas, desde o retorno da luz, na madrugada de domingo, 26.

Em nota, a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), informou que por conta da queda de energia, o abastecimento de água ficaria comprometido durante toda a segunda-feira, e também durante esta terça-feira, 28. Sem energia, as bombas, que enviam água às residências, não funcionam. À prefeitura, a Sanepar informou ainda que a retomada normal depende do bom funcionamento das bombas. “Nosso problema está nas partes altas de Porto União. Estamos trabalhando para isso. Acredito que até o final desta terça-feira, isso já estará normalizado também. Em União da Vitória, o problema ficou maior na região do Limeira”, explica o gerente em exercício do escritório da Sanepar local, Antônio Marcos Vieiras. O pedido é para que o consumo seja moderado nas próximas horas.

Na tarde desta terça-feira, 28, a Copel afirmou que o problema está resolvido.

 

Técnicos da Copel trabalham no restabelecimento da energia/Cristiano Silva/Grupo Verde Vale de Comunicação

Técnicos da Copel trabalham no restabelecimento da energia/Cristiano Silva/Grupo Verde Vale de Comunicação

ONDE OCORREU O PROBLEMA

Após sobrevoarem de helicóptero mais de 60 quilômetros da Usina de Foz do Areia, os engenheiros e equipe de emergência da Companhia de Energia Elétrica do Paraná (Copel) encontraram o problema que ocasionou o desabastecimento de energia.

Segundo o engenheiro da empresa, Nelson Cuquel, o efeito é fruto do tempo instável e da queda de árvores de eucalipto que foram lançados na rede de energia.

O problema ocorreu na Linha Vitória, interior de Cruz Machado. O cabo principal de transmissão de energia – que vem da Usina de Foz do Areia à União da Vitória – foi danificado. De acordo com os engenheiros da Copel, as árvores de eucalipto foram lançadas nas linhas de alta tensão da torre, após fortes ventos.

O local é caracterizado por ser um vale, dos dois lados dos cabos de alta tensão há plantações de eucalipto, e as torres estão localizadas no meio da plantação.

Durante toda a tarde de segunda-feira, 27, o fornecimento de energia estava sendo feito por uma linha de transmissão auxiliar, que passa por Irati, Rio Azul à União a Vitória, mas, às 18h30 outra manobra foi realizada para restabelecer o fornecimento para a linha principal.

Equipes de Ponta Grossa, União da Vitória e Curitiba estavam trabalhando para normalizar o fornecimento de energia para a região. As equipes trabalharam desde a interrupção de energia no domingo, 26, às 20h.

Este foi o segundo maior apagão registrado no Estado do Paraná neste ano. O primeiro desabasteceu cerca de 250 mil unidades consumidoras.

Cidades vizinhas, como Irineópolis, Paula Freitas, Cruz Machado, Paulo Frontin, Porto Vitória, Bituruna e General Carneiro também registraram queda de energia.

 

QUEDAS DA CELESC

Ainda na segunda-feira, 28, foram registradas quedas de energia em Papanduva, Major Vieira, Santa Teresinha e Monte Castelo. Segundo a Celesc, a interrupção no fornecimento de energia ocorreu devido a curto-circuito em alimentador que abastece a região, ocasionado por falhas em isoladores e para-raios.

Durante a recomposição do sistema, a Celesc deslocou profissionais para inspeção minuciosa nos mais de 50 km de rede e ramais do alimentador, a fim de identificar o defeito. Equipes extras de Florianópolis e de Agências Regionais vizinhas foram encaminhadas para reforço e apoio especializado às equipes de campo da região.

As equipes trabalharam na substituição dos materiais com falha e o sistema começou a ser restabelecido por volta das 14h.

 

Mais informação no portal VVale.

 





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