Psi expõe maturidade dos seriados da HBO Brasil


A HBO está no auge de sua criatividade. Game of Thrones e True Detective são somente dois ótimos exemplos de sua fase excepcional.

Há um bom tempo a emissora tem investido em seriados brasileiros. As duas investidas deste ano – O Negócio e Psi –  parecem seguir esta boa tendência.

O Negócio, cuja primeira temporada foi exibida bem no começo do ano, tem produção de respeito, mas a história não acompanha. Foi fácil perder o interesse lá pelo quarto episódio.

Psi, no entanto, que estreou neste domingo, 23, está anos-luz à frente de O Negócio.

Com elenco excelente, especialmente o protagonista Emilio de Mello, o psicanalista Carlo Antonini, o seriado tem roteiro capaz de fazer corar a turma do texto da Globo e encher de orgulho a equipe estadunidense da HBO. Carlo não se limita ao divã. Mistura questões psíquicas com ação e investigação. No primeiro episódio se envolve com uma artista de rua que tem uma filha autista. Entrelaçando um romance casual com o tratamento do distúrbio, o seriado consegue entrosar com maestria as chatices psicológicas com histórias bem contadas. Dá lições de psiquiatria, psicanálise e psicologia sem ser didático. Cria situações inusitadas e nos faz formularmos a todo momento aquela pergunta: “E não é que é verdade isso que ele falou?”

A série terá 13 episódios nesta primeira temporada. Se seguir neste ritmo, será um marco para a emissora.

Como disse o crítico Maurício Stycer, “se Shakespeare fosse vivo trabalharia na HBO.”

 





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