Ele alega que contratação ocorreu via cooperativa de alunos

SOB NOVA DIREÇÃO

O professor João Carlos Martins de Matos assumiu neste ano a direção do Centro de Educação Profissional Vidal Ramos (Colégio Agrícola) e já começou provocando polêmica. Ele convidou a esposa para ajudar na limpeza da cozinha logo na reabertura dos trabalhos, o que gerou indignação das cozinheiras, que não queriam receber ordens da esposa do diretor.

Já ao assumir o cargo, Matos criou outra polêmica ao promover a contratação da própria filha para cuidar do almoxarifado da cooperativa de alunos do Cedup (Coopesa), que administra os recursos com a venda de ovos, leguminosas e animais. Como trata-se de um órgão estadual, o processo de contratação só poderia ser feito por meio de concurso ou processo seletivo, porém, Matos usou a estrutura da Copesa para fazer a contratação. Oficialmente, a moça é contratada pela cooperativa.

O curioso é que o presidente da Coopesa desconhece a contratação. Roberto Marques se disse surpreso ao ser informado pela coluna que a filha do diretor havia sido contratada pela cooperativa.

Segundo o coordenador regional de Educação, Ethel Jacomel, no caso da esposa de Matos, de fato ela contribuiu no começo do ano para fazer uma limpeza geral na cozinha, mas em momento algum ela foi remunerada pelo trabalho. Ele afirma que a reação se deve ao fato de duas cozinheiras terem sido demitidas pela empresa terceirizada que administra a cozinha e culparem a atual administração pelas demissões.

No caso da filha de Matos, a Coopesa “é um órgão a parte, que tem uma estrutura administrativa a parte da gestão do Cedup”. Questionado sobre o fato de o presidente da Coopesa não saber nada sobre a contratação, Jacomel diz desconhecer quem preside a cooperativa.

Matos conversou com a coluna nesta segunda-feira, 27. Ele confirmou que a contratação da filha se deu pela Coopesa, mas a seu pedido. “Fizemos uma reestruturação no quadro de funcionários da cooperativa, contratamos um coordenador geral e um de projetos e também para o almoxarifado que faz parte da cooperativa (…) A contratação desse grupo foi feita por mim”, admite.

Questionado se é normal a cooperativa sofrer ingerência da direção do Cedup, Matos responde que nos casos de contratações, sim. 

Quando perguntado se ele acha normal ter pai e filha trabalhando juntos em um órgão público sem que um deles seja concursado, Matos diz que “na verdade, a cooperativa não tem vínculos com o Estado” e que a filha já trabalhou como terceirizada na escola.

Adiante, Matos disse que como gestor também responde pela cooperativa. Afirmou ainda que tentou conversar com Roberto para consultá-lo sobre as contratações, mas não conseguiu contato. Ressalta, no entanto, que os demais dirigentes da cooperativa concordaram com a contratação.

Matos afirma que denúncias a respeito foram feitas por pessoas que trabalhavam para o lado da oposição na eleição realizada para a direção do Cedup no final do ano passado.

Jacomel afirmou que como a contratação da filha do diretor foi feita pela Coopesa, não há como o Estado intervir.

FILA

Rafael Lampert Zart/Agência Brasil

Em apenas um ano, o programa Bolsa Família voltou a enfrentar um antigo problema. Desde junho, a fila de pessoas aguardando pelo benefício saltou de zero, patamar que se encontrava desde 2018, para 494.229 famílias. A espera é a maior desde 2015, quando mais de 1,2 milhão de famílias aguardavam o auxílio.

São famílias cujo perfil de renda é compatível com programa e já estão cadastradas — mas continuam na miséria e sem a ajuda de R$ 89 por pessoa. A informação é do jornal O Globo.

ALARMANTE

O Brasil não cria vagas com rendimento acima de dois salários mínimos há 14 anos. O dado alarmante mostra como cada vez mais os brasileiros estão sendo empurrados para a miséria (12 milhões de desempregados) ou para a pobreza, afinal, como levar uma vida absolutamente digna com menos de dois salários?

30%

foi quanto subiu o valor gasto com passagens aéreas em 2019 pela Câmara dos Deputados. Destino favorito? Nova Iorque

GAZETEIROS

Mais de 2 mil faltas parlamentares em sessões plenárias ocorridas em 2019 estão ‘escondidas’ no site da Câmara dos Deputados. O Legislativo alega “problemas técnicos”. Por causa da falha, o total de faltas publicadas no perfil de cada deputado seja 21% menor que o número real. De acordo com o regimento interno da Casa, ausências não justificadas podem gerar punições que vão de descontos na remuneração à perda do mandato.

“Bom aluno não vai à aula sempre. O mais importante é saber que a população me avalia de outra maneira”

do deputado José Priante (MDB-PA), campeão de faltas 

30

artistas da Rede Globo foram intimados pela Receita a explicar como funcionam suas contratações. O Fisco questiona a escolha do regime de pessoa jurídica no lugar de CLT

VILÃ

Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A carne desbancou o tomate no peso do supermercado nas casas dos brasileiros em 2019. O tomate, eterno vilão, sofreu queda de 31,44% no preço, enquanto que o pernil com osso teve alta de 52,15%.

88%

dos brasileiros apoiam demissão de servidores públicos com mau desempenho