Belo fim para a trilogia Como Treinar Seu Dragão


Como treinar seu dragão está em cartaz no CineMax Canoinhas/Divulgação

Terceiro filme está em cartaz no CineMax Canoinhas

 

 

COMO TREINAR SEU DRAGÃO 3

 

 

Quando o primeiro filme da trilogia Como Treinar Seu Dragão estreou nos cinemas, me recordo que escrevi que o filme nos fazia pensar sobre o quanto o cinema de animação ajuda a desfazer preconceitos, especialmente nas crianças, muito mais receptivas à diferença do que os adultos.

A história de amizade entre duas criaturas criadas para serem inimigas, rompendo um ciclo milenar, é uma bela metáfora para tantos conflitos no mundo.

 

Pois bem, está em cartaz no CineMax Canoinhas Como Treinar Seu Dragão 3, que encerra a aventura mostrando o desfecho da amizade entre o viking Soluço e o dragão Banguela. Mais uma vez, a exemplo dos filmes anteriores, um vilão que não aceita a amizade entre humanos e animais tenta capturar os dragões a todo o custo. Mas nessa terceira aventura, não é este o foco principal. Banguela conhece uma fêmea de sua espécie e os instintos de bando parecem ser mais fortes que a amizade com Soluço.

 

O filme pode ser uma metáfora, também, para a síndrome do ninho vazio, pela qual passam todos os pais quando veem os filhos deixando sua casa.

 

Com cenas belíssimas, ainda mais lindas no 3D, o filme é uma celebração da amizade, mostrando que as diferenças podem ser o que nos tornam mais fortes quando nos unimos. Belo final para a trilogia.

 

 

OSCAR 2019

Nesta e nas próximas colunas vamos comentar sobre os indicados ao Oscar 2019. Começando pela categoria de melhor filme, duas surpresas que não são tão surpreendentes assim. Sabia-se que Roma seria celebrado pelo prêmio máximo do cinema, mas dez indicações, incluindo filme e filme estrangeiro, mostram que o streaming está com tudo e que a Academia não tem o mesmo preconceito que Cannes tem com produções da Netflix. É bom lembrar que a Netflix fez um gesto à Academia passando o filme rapidamente pelos cinemas, senão não seria possível indicá-lo.

 

 

A outra surpresa é o primeiro filme  de super-herói indicado na categoria principal. Pantera Negra é um deslumbre visual – inexplicavelmente não concorre a efeitos visuais – e tem o mérito de enaltecer um elenco estrelado por atores negros, isso em um país que até 50 anos atrás não deixava que negros usassem banheiros “de brancos”. Um tapa na cara da América racista. Assim como Infiltrado na Klan, o festejado filme de Spike Lee que bem no fundo é um belo de um deboche da cara dos racistas da KKK.

 

 

A despeito das questões mercadológicas, Roma é lindo e tem tudo que a Academia gosta, mas creio que Alfonso Cuáron terá de se contentar com os prêmios de direção e filme estrangeiro. Muito se fala em Green Book – o guia, que cresceu depois de ganhar o prêmio principal do Sindicato dos Produtores.

 

 

O meu preferido é Nasce Uma Estrela, mas o fato de o seu diretor, Bradley Cooper, não ter sido indicado a direção é um mau agouro.

 

 

A Favorita também teve 10 indicações e não pode ser menosprezada.

 

 

Diria que os demais – Bohemian Rhapsody e Vice correm por fora.

 

 

A categoria de melhor filme deste ano tem bons filmes, mas sobretudo a Academia quis dar um aceno ao público, que vem caindo anualmente. Na esperança de atrair audiência, indicou blockbusters, sem deixar o cinema autoral de lado. A safra 2018 permitiu isso, o que nem todo ano acontece.





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