A Maldição da Residência Hill é terror dos bons


Divulgação

Série que estreou ano passado na Netflix ainda faz fãs no mundo todo

 

 

TERROR DOS BONS

 

Uma família cheia de ressentimentos do passado. Filho mergulhado nas drogas, outra que desenvolveu pânico configurado em uma estranha que a assombra desde pequena, outra que desempenhou uma aversão pelo toque e assim vai, passando por um escritor que tenta exorcizar as questões do passado por meio da literatura e por uma obcecada pelo trabalho, incapaz de entender os filhos e o marido. Leon Tolstoi disse que todas as famílias felizes são parecidas; as infelizes são infelizes à sua maneira.

 

 

No caso da família protagonista de A Maldição da Residência Hill, da Netflix, a maneira de exercitar a infelicidade é bem peculiar. Shirley (Elizabeth Reaser/Lulu Wilson), Theo (Kate Siegel/Mckenna Grace), Nell (Victoria Pedretti/Violet McGraw), Luke (Oliver Jackson-Cohen/Julian Hilliard) e Steven (Michiel Huisman/Paxton Singleton) são cinco irmãos que cresceram na mansão Hill, a casa mal-assombrada mais famosa dos Estados Unidos. Agora adultos, eles retornam ao antigo lar e são forçados a confrontar os fantasmas do passado, após o suicídio da irmã mais nova.

 

Misturando sobrenatural com questões mal resolvidas, numa trama que mantém a tensão do início ao fim dos 10 episódios, a série é um achado para quem busca uma cada vez mais rara boa história de terror. Prepare-se para sentir muito medo. Destaque para o episódio 5, todo ambientando em um velório. E para o desfecho, muito bem amarrado.

 

 

OSCAR 2019 – ATUAÇÕES

O páreo está duro na categoria. Para ator, a disputa deve centrar entre Ramy Malek (Bohemian Rhapsody) e Christian Bale (Vice). Ambos vivem personagens reais, cada um com um método diferente de interpretação. Enquanto Ramy usa os trejeitos exagerados de Freddy Mercury para compor o astro, Bale capricha nos detalhes da personalidade do ex-vice presidente Dick Cheney para compor uma atuação impagável. Aposto mais nele do que em Ramy, embora a torcida pelo ex-mister Robot seja grande.

 

 

Para atriz, a disputa deve ser vencida, até como a correção de várias injustiças, por Gleen Close (A Esposa). Correm por fora Lady Gaga (Nasce uma estrela) e Olivia Colman (A Favorita).

 

 

SUNDANCE

O Festival de Sundance 2019 se encerrou e chacoalhou o mercado cinematográfico nos Estados Unidos. Diversos filmes deixaram Park City já com planos de distribuição e outros já os tinham desde antes, mas a programação do evento incluía ainda a mostra competitiva. O grande destaque entre os vencedores é a forte presença feminina, que vem sendo uma reivindicação do público em relação ao circuito. No prêmio de Grande Prêmio do Júri, o filme Clemency, dirigido por Chinonye Chukwu, venceu, trazendo uma belíssima história sobre uma guarda de um presídio de segurança máxima, com dificuldade para lidar com uma iminente execução. Além disso, o documentário One Child Nation saiu premiado, analisando a política chinesa de um filho por casal.





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